Certa vez me peguntaram
Do que eu tinha medo.
Permaneci atônito, calado,
Nada falei... ainda é cedo.
Diante da torpe hesitação
Vacilante valor editado.
O medo de responder de pronto,
Inconcebível, infeliz, amedrontado.
Tenho medo de dizer o que penso.
Ser original, na atualidade, é crime!
Somos velhos irasciveis papagaios,
Repetir, repetir... valor sublime.
País democrático de corrente,
Especialista na taxonomia rotulante.
Onde o voto obrigatório é de mentira,
Onde a mentira dita mil vezes torna-se reinante.
Vejo patrulheiros, não de farda, mas de gravata.
Idéias na fôrma... agite antes de beber!
Ignorância sutil, ditadura á vista
Direita, Centro, Esquerda Volver!
Tenho medo de sair de casa, todos os dias
De branquear a pele que uso, por ser negra.
De morrer de susto, de raiva ou de alegria,
De mudar de país, mudar a dor, mudar de regra.
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