Chove do lado de fora da janela.
Numa manhã qualquer... é início,
Sinto-me à beira de um precipício
Gélido, descartável, contente,
Abrigado em meu apartamento.
A rotina me espera.
Esta, nasceu com a luz do dia,
Meus afazeres... tornados, palavras
Que rompem o pedregoso solo,
Confortável quietude da madrugada.
O mundo lá fora tornou-se estranho.
Todo liquefeito em tons cinzas e azuis,
Postado diante de mim como aquarela,
Borrado toscamente, vidrado e demente
Como tintas fugindo na minha janela.
Estou nú, sem roupas e sem alma.
Morto andante, trabalhador errante,
Caminhando rumo ao cadafalso de mais um dia.
Preciso colocar depressa a minha mortalha,
Necessito travestir minha fantasia.
E quando estiver deitado na ignorância,
Esquecido deste momento de pura verdade,
Lembrarei... alvorada da infância,
Onde falei sobre a chuva e a manhã em tela,
Quando me vi vivendo em liberdade.
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