MENOS UM POLICIAL...

Desfigurado, deitado à sarjeta
Escarrado, pálido pela violência.
Sem pé, mão, cabeça
Sem vida, sem dignidade.

O silêncio que o cercou
Aplaudiu a sua morte.
Foi sina descompassada,
Foi rastro avesso de sorte.

Naquele derradeiro momento
Despediu-se o homem, o filho, o pai.
Mas foi ao policial o mais forte assassínio,
Vilipêndio consentido.

Aquele homem inerte na calçada,
Braços e troncos abertos.
Já sem coração, sem razão
Apenas um número...




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