Inerte numa madrugada,
Que ainda não chegou.
Escrevo tolas palavras,
Enigmas sem solução
Me conduzindo a lugar algum.
Insones são minhas noites,
Escuras como o céu sem estrelas.
O teclado torna-se única companhia,
Capaz de romper compartilhada solidão
Com os móveis da sala.
No fim da janela do quarto
A paisagem infinita dialoga,
Grita e sussurra com pensamentos meus.
E permaneço dividindo, subtraindo e somando,
Lembranças finitas, pedaços de desespero.
E continuo neste pequeno desencanto
Breve fim de semana, início de domingo.
Atrelado às ilusões, à tragédia quotidiana,
Às notícias de jornal, aos engarrafamentos
E às dores do parto.
Inerte madrugada,
Fria, pálida como cadáver velho.
Não é tristeza o que sinto,
São lágrimas incompreensíveis,
Verdades desgastadas pelo tempo.
As noites continuam insones,
Mas repouso no estrado do esquecimento.
E, quando me for, não precisarei delas
Apenas serei sem ter sido,
Nunca ter pensado em minha solidão.
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