Este poema é coisa de preto,
Possui cor, carapinha e lábios grossos.
Nariz achatado, dreadlocks, dentes alvos,
É filho de Ogum, o senhor da guerra!
Este poema não possui terra,
Nação específica, endereço certo.
Surgiu para incomodar!
Não vai deixar por menos...
Este poema é de cor, sim!
Não tem vergonha e não se esconde.
Quer, nas letras, enfrentar o antagonismo
Deseja barrar o preconceito e o achismo.
Este poema veio para macular o imaculável,
Transformar em lágrimas a verdade secular.
Histórica, violenta, atroz
Uma mentira, de tantas vezes dita.
Este poema não mais aceita aleivosias,
Escárnios pútridos, sandices pérfidas.
Piadas infames em frente à TV,
Formas incontestes de discriminação.
Este poema é só razão!
É reivindicação de direitos
Humanos, sociais, políticos.
É a mostra de que somos iguais!
Este poema deseja seu lugar ao sol.
Cansou de estar à sombra!
Este poema quer mais do que lhe é dado,
Precisa ocupar espaços.
Este poema sou eu,
Você, o vizinho, o capoeirista.
O dono do barzinho da rua e o zelador.
Todos envoltos numa mesma pele... da mesma cor.
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