Quando a esmo me atiro...
Edito este poema
Pois não posso editar a vida.
Edito meus amores,
A cada encontro... cada despedida.
Edito o melhor de mim,
E escondo o entulho debaixo do tapete.
Arrumo palavras em falsete,
Descarto verbos ao chão.
Sofro de rimar tentação...
Feliz posso retroceder
E criar novamente... criar.
Realizo aqui o que não posso realizar,
Pois na poesia não tenho a que me prender.
Nunca sei onde vou quando escrevo,
Mas tenho a segurança da edição.
Edito minhas vozes, coração.
Apago chagas do passado poético.
Por que na vida...
Por que vida é muito complexa!
Esqueceram do botão do replay.
Vida se vive e pronto!
Vida se realiza no doce/amargo encontro.
Edito, borro, apago o nunca dito.
Na (minha) poesia, encontro o vício maldito
De esconder quem sou e vivo o outro.
O poeta, o falso, o louco.
Não tenho coragem de amar...
Sou aquele que escreve, o fingidor.
Finjo conceber um novo amor.
Edito estas frases na prisão.
Carrego/elaboro letras sem emoção.
Porque... quando a esmo me atiro,
Sofro a tentação de rimar.
Porque na vida,
Não tenho coragem de amar.
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