Eis-me de novo aqui!
Em frente à tela, digitando...
Escrevendo envolto na incerteza,
De ponta a cabeça, frio e imóvel.
Enquanto escrevo vejo à frente
O Ferreira (Gullar) me instando a prosseguir.
O vejo de novo a me redimir da imperfeição,
Daquilo que, por teimosia, insisto em fazer.
Não sei. De repente encontro consolo nas letras
Percebi em seus contornos tábua de salvação.
Marcho, inseguro, sobre o muro da etiqueta,
Quando preferiria estar sob o mar da ilusão!
É vício... simplesmente isso.
Mas, que adianta uma vida desnuda, limpa, ascética?
Preciso estar sujo de algo... chafurdar na lama, sorver impurezas.
É a poesia que me desloca, fornecendo-me entranhas podres.
Estou viciado em escrever, é certo.
No tilintar das teclas, no surgir das letras, na tela...
Se fosse há alguns anos, ainda veria a Remington estalar.
Olhando seu escuro cheiro de carbono.
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