Olhando o espelho, deslocado
Vejo-me enfeitado de estrelas.
Símbolos caducos de passado inerte,
Descabidos infortúnios caídos ao chão.
Sinto pena de mim
E lágrimas caem do rosto.
Quero manifestar-me desgosto,
Desejo fugir dali.
Hoje não permaneço.
Não vejo papéis, nem fardas.
O telefone que toca, a escrivaninha.
Não desejo violência.
De úmido rosto, olhos abertos.
Carrego pássaros vazios às mãos,
Preciso preenchê-los de verdade,
Fazer bater-lhe asas.
Estou numa sala armada,
Vigiado por outros olhos.
Fujo, sem graça, do verdadeiro ofício
Escondendo-me por trás de estrelas.
Continuo olhando o espelho.
Esperando a máscara cair.
Com medo de ser visto, meu Deus!
Flagrado no assalto à minha poesia.
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