Madrugada, velha companheira,
Me tire desta maldição!
Me traga um mundo novo,
Longe do horror da discriminação.
Me diga, negra madrugada,
Já que é inevitável seu amanhecer.
Por que o racismo também não amanhece?
Por que a igualdade não tenta alvorecer.
Sei, a vida não é tão redonda,
As vezes não basta escrever.
Sei também que minha pele,
Negra, plástica, incômoda.
Fustiga... angustia o alheio viver!
Então me diga, luz entorpecida,
O motivo de tanta aflição?
Se tu, luz, também és colorida.
Por que os homens não os são?
Por que tudo que foge ao branco,
Ao machismo adulto, urbano.
Por que tudo que foge ao mundano,
É visto como danação?
Por que ao negro, não comunico,
Por que minha cor incomoda?
Por que o incômodo me assusta?
Porque o susto virou moda...
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