ESTES DIAS

Não sei o que fazer.
Não faço ideia de onde estou,
Para onde vou,
Ou que caminho percorrer.

Não enxergo luz no fim,
Não me entrego antes de mim.
Os dias são como turbilhão,
E mal me consigo parado.

Meus dias são assim
E não enxergo a bendita luz!
Tal qual criança por trás do espelho,
Adolescente no domingo a tarde.


Quero falar amenidades,
Mas parece que tudo o que toco,
Cheiro, sinto... todo o meu foco,
Está impregnado de um azul "cor de papelão".

É um tom anormal,
Clarificado, singelo, mortal.
Uma espécie de complexidade
Da sanidade ofuscada.

Meus dias são como turbilhão.
Atrás do volante, distante...
Diante da escrivaninha, mesquinha...
Por trás de mim.

Me resta agora escrever.
Talvez as palavras reencontrem
O sentido que me perdeu.
Pois, estes dias... são meus.




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