CRAVOS

Não quero falar de amor.
Desejo o cheiro do teu sexo.
O acre odor do desejo,
O riso, o calor.

Hoje não desejo flores.
Desprezo os confetes,
Dispenso as rosas,
Cortejo os cravos.

Prefiro falar amenidades.
Como um dia calmo,
Isento... distante de maldades.
Quero falar de ti.

Respiro fundo, paro e reflito.
Ouço uma voz... um grito,
Me diz... O que em você
Ainda não vi?

Me mostra o quanto de amor,
Me dita tua pálida flor.
Quero ver teus problemas,
Me mostra teus castigos e penas.

Revela-me teus poemas,
A tua essência infantil.
Abraça-me como o mar
Envolve o afogado.

Depois, ressucita-me!
Restaura-me após o gozo.
Joga-me tuas flores
E os cravos que te dei.








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