Minha primeira visão do Rio...

... Era uma noite fria e nublada. Ás vinte e uma horas. Do alto do Corcovado conseguíamos apenas ver pequenos pontos luminosos que, mais pareciam estrelas caídas do céu, espalhadas por entre as montanhas, comodamente recolhidas nos espaços entre uma elevação e outra. De lá de cima é possível ver toda a cidade do Rio de Janeiro. Debaixo do braço direito do Cristo Redentor, fica a "Zona Sul", a Baía de Guanabara, a Lagoa Rodrigo de Freitas... do outro lado, a Zona Norte. Duas facetas diferenciadas do Rio... dois "rios" completamente distintos.

Com o passar do tempo, áquela maravilhosa visão (beleza misturada com deslumbramento, sei lá!) foram acrescentadas nuvens que surgiam da madrugada fria e calada. O silêncio as vezes era interrompido pelo matraquear repentino de um fuzil solitário, logo abaixo, no Morro D. Marta, ou por uma melodia muito discreta, baixinha, quase hipnótica que se ouvia do mesmo lugar... era o "funk". Era festa no Morro D. Marta, regada a muito funk e... violência.

Bom... Aquelas nuvens apareciam e íam logo se aninhando no colo das elevações mais altas e, pasmem, se "derramavam" ao longo das encostas como um sorvete derretido que teima em se despencar por sobre a casquinha... Era uma imagem verdadeiramente linda! Ao amanhecer, o nosso astro-rei acrescentou o tom dourado à todo espetáculo descrito. Paulatinamente, as nuvens vão cedendo lugar ao calor da manhã e, desaparecendo, nos devolvem a visão de toda a cidade - agora com pequenas construções no lugar das luzes!

 Abraços,

Silvio.

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2 comentários:

  1. POR ESSA ÓTICA... E SOMENTE POR ELA.......................... "O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO, O RIO DE JANEIRO CONTINUA SENDO..."

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  2. ... mas perceba, que por cima dessa "beleza" ainda aparece o conflito... "o matraquear do fuzil"...

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