Vivo sozinho, calado em minha sala.
Observo absorto pela janela, da TV, do apartamento,
Vivo sozinho minhas paixões, na vala,
Vivo caminhões de mudanças que acontecem a todo momento.
Falo no estrado de minhas costas.
Ouço propostas vãs e vis,
Ouço a mulata mexendo os quadris,
Ao invés do horário político.
Me locupleto nas discussões
E, do outro lado, algum idealista
Cansado da agressividade, me jura de morte.
Repito um único mantra: que sorte, que sorte!
São tempos extremos estes.
Tempos de democracia autoritária,
Violências tantas, incêndios e descasos,
Tempos de facadas e deboches, acusações solitárias.
Então, revolto o medo de mim.
Como num precipício, estou a ponto de cair
Enfim, um dia, morrerei numa cela de marfim
Cercado de ouro, prata, amordaçado pelo medo.
São realmente tempos difíceis!
E disso, não guardo o menor segredo...
CONVERSATION
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Pesquisar no blog
Posts Populares
-
.. Era sempre assim. Quando menos esperava, ao cair da tarde, íam me chamar. Saía de casa atônito... carregado de sentimentos contraditórios...
-
Saudade... verbo transitivo Gramática que marca Presença que não possui Sentimento amargo, perverso, antigo Controverso amor... ombro am...
-
Não... não... não é uma alusão à produção hollywoodiana protagonizada por Keanu Reeves... e muito menos estou me referindo à primeira versão...
-
Espero por um bom dia Leve, lúdico e calmo. Mas de que adianta chamá-lo, Se esbarro (acidentalmente) em mim? Tropeço em minha arrogânci...
-
Vejo em ti a negra pétala de flor Que de negra cor despetalou. Olho em minha frente a menina, Mulher felina que a dor calou. Que de tem...
Quem sou eu

- Silvio Rosario
- ... apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco...
0 comentários:
Postar um comentário