Vejo pessoas andando rumo ao lago sagrado,
Olho presentes e oferendas.
Vejo o malgrado pérfido nos ouvidos de outrem
E fujo do odor de suas palavras.
Como juízes, definem o que é bom ou ruim,
Apedrejam seus estranhos.
Chutam santas católicas,
Invadem terreiros,
Corrompem outras sacralidades.
Estes, fabricaram a verdade
E a puseram no bolso.
Transformam-se em genocidas,
Matam gays e mulheres,
Não suportam aquilo que os confronta.
Não suportam o espelho,
O clarão que os cega.
Ah... quisera eu, ignorante
Que a vida fosse única.
Cópia fiel, irrestrita,
Do meu tolo alcance cósmico.
Quisera eu, tropego andarilho,
Que somente houvesse o "sim".
Nada de "não", "talvez", "quem sabe"...
Que, no mundo, não houvessem mistérios,
Que os relacionamentos fossem eternos...
Que as crianças nunca crescessem
E não houvesse morte.
Que as férias nunca acabassem
E eu permanecesse aqui, escrevendo.
Mas, não sou dono de mim
Apenas possuo liberdade
Condicionada às outras "liberdades".
Será que é tão difícil entender?
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