Tive um sonho negro.
Uma mulher com a cor da noite,
Me envolvia e, entorpecido,
Acariciava-lhe as mãos.
Seus cabelos crespos,
Boca pequena, olhos delgados.
Queria sorver-lhe o afago,
Mas isso era impossível.
A mulher negra crescia,
Voluptuosa, ofegava.
E, por cima de mim, arrastava
Sua pele turva sobre a minha.
Tive um sonho negro.
Angelical, moreno,
Diabólico, mundano, ameno,
Delírio findado.
Agarrei-a por um bocado,
Tentei reter-lhe as visceras.
Mas vísceras não são retidas!
Pior seria se estivesse acordado.
Entorpecido, na realidade do mundo.
Onde o interesse, a cobiça,
A maldade, o suor imundo.
Nos distancia dos sonhos.
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