POEMAS DE COR: A MINHA PELE

Vejo tonalidades vagando,
Ratificando diferenças.
Enfrento, todos os dias,
Cores discursando desavenças.

Cores andando ás cegas,
Não enxergam direito.
Apenas tons em branco e preto,
Num frenético delírio míope.

É miopia o que vejo?
Não! Apenas capricho a varejo.
Minha pele é negra!
Negros são meus iguais.

Sejam por desleixos mortais,
Ou por mandonismo pagão.
Minha cor ressalta ao azeviche,
Minha pele religiosa é tradição!

Assim é minha pele.
Porção singular da força ativa.
Igual a qualquer outra pele,
Semelhante ao negro dos nossos olhos.





















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