De longe, minha arrogância
Há quarenta anos imaginada
No calor de minha poesia
Do sótão da minha calçada
Das vozes que ainda escuto
Dos livros que li
Das memórias que nutro
Das músicas que ouvi
Há sempre um menino
Frágil, franzino lá no fundo
Me acompanha falando coisas
Há sempre um fulano do interior
Tímido, místico, salvador
Religioso e mundano
Ordinário e ateu.
Daquilo que me adulteceu
Das letras, dos filhos, na vida
Da amizade mais colorida
Ao ódio mais aplacado
Aquele menino ainda existe
Insiste em estar ao meu lado
Traze-me consigo
Dita normas, faz abrigo
Ensina com sua lembrança
Berra até onde a vista alcança
Pede um país civilizado
Pós-moderno de antigas canções
De Noel, Cartola aos novos vendilhões
Ele é o meu João Gilberto humano
Não é "outro qualquer", um Caetano.
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