COMO SE FOSSE A ULTIMA VEZ

Amar não é conviver,
Não é de dor padecer.
Amar é como o crepúsculo,
Único e terno.

O amor não é eterno.
Os amantes são.
Assim, como a tarde se esvai,
Veja o seu amor como o último.

Trate-o como se fosse jazíguo,
Amanhã só haverá lembrança.
Esqueça o dinâmico e contínuo,
Aproveite cada fração da existência.

E, como se fosse derradeiro,
Limiar entre vida e morte,
Esteja a sua própria sorte,
Veja cada suspiro como último.

Padeça com ele,
Pereça ao seu lado.
Morra a cada afago.
Renasça a cada gozo.

Sorva pequenos detalhes.
Sabores, odores... tudo!
Depois, despeça-se com paixão.
Loucamente deixe-o ir.

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