O ENCONTRO...



...E ele sentou-se na calçada fria e úmida, contentando-
se imensamente dela estar ao seu lado. Ali, havia se lembrado dos filhos que ainda não tiveram e da vida que levaram até então...

O seu corpo retesou. Seus olhos marejaram... Naquele momento, manifestou uma vontade incontida de agradecer a Deus por tudo o que havia passado... Por todos os erros cometidos, por todas as falhas de percurso...

Estranha sensação! Agradecer pelas falhas... Por fim, ajoelhou-se e rezou. Tamanha era a sua resignação e força, que podia-se ver com nitidez os músculos endurecidos a comprimir um pulso contra o outro...

E, ajoelhado, com a cabeça pendida na sua companheira.
.. chorou.

E ela...

... Mesmo com todo medo e insegurança, realmente o abraçou. Com as mãos firmes em volta dos seus ombros, parecia compreender o significado daquilo. Os olhos voltados para o alto... quis compartilhar daquele momento de transcendência e resignação...

Agradeceu a Deus, em silêncio, por ele estar ali... por ele ser quem é. Amou-o, simplesmente. Quase chorou... Aliás, o fez de forma tímida, sem que ninguém percebesse. O envolveu com muito cuidado, tirando-o dali...


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