QUOTIDIANO

Todos os dias, a mesma coisa.
Coisa tola... todo dia!
Falas, gestos, brigas, restos,
Mesmo sexo e mesma agonia.

O que faço agora?
Se seduzo o teu caminho
E não desejo outro carinho
Não mereço outra aurora.

Amanhecer sem teus recados baixos
Estar na lama dos teus favores castos
Tropeçar na camiseta amassada,
Esquecida lá na sala?

Me diz... o que dizer de ti?
Se o quotidiano das coisas antigas
É mais demente, mas incongruente que
O amor separado de mim.

O que ouvir agora?
Se tua voz calada, pausa musical
Esbarra cordial em meu ouvido,
E, Caetano já não atiça nossa libido,
O araçá caiu do pé.

Cadê você?
Espalhada pela casa,
No ralo do banheiro.
Vermelha, no lixo,
Apagada no cinzeiro.

Onde fomos, simples vício?
Chegamos ao precipício.
Pois, esfrie meu gelo,
Cale meu desespero,
Volte...








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