DE IMPROVISO

Se calas a voz,
E um breve medo atroz
Te impede de chegar ao outro lado.
Cuidado! Tua vida ainda não está no fim.

Se queres saber de mim o que acho
Se me consideras capacho,
Por não poder falar
Calar... não se faz necessário.

Olha o resto do meu corpo
Que vibra além do imaginário.
Olha minhas mãos... se movem,
Buscam comunicação!

Danço com as palavras!
Navego nos gestos, vou além.
Transcendo o que o verbo diz.
Falo com a mão, linda meretriz.

Seduzo-me numa voz rouca
Calo a boca... vejo a imensidão
Que desemboca nos gestos, no corpo,
Na dança das mãos.

 



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