Política é assim
Um vai e vem sem fim
Homens afortunados em suas mazelas
Destilando a mais profunda miséria
Por quatro anos ou mais.
Prisioneiros encarcerados em ideais
Corrompidos pela simples ilusão do poder
Olvidam da eterna existência do Ser
Conduzem-No como mero acessório
Para consumo... desejos ilusórios
Meros, taciturnos, mortais.
Política é como vento
Sopra, desloca... machuca, auxilia
Corrompe o primo intento
Constrói fugaz fantasia
De poder... doce alento
Da felicidade em outra via.
E, para aquele que fora escolhido
Vale selar o que fora acordado
Caminhar novos traços achados
Vale realizar o sonho adquirido.
Vale lembrar sempre
Quem pode está a serviço
Quem serve está a caminho
Da comunhão entre os homens.
Política é virtude, não negócio
É a chance do bem comum
Dirimir desigualdades, garantir o ócio
A certeza de que somos um.
É afastar a iniquidade
Colocar na mesa a comida
Concentrar na escola a saída
Garantir um novo porvir.
Política é escolher por onde ir
Com quem falar, o que fazer
É ser... não parecer
É dos jogos, conluios e intrigas fugir.
Pois, politicagem é um saco!
Já estamos fartos desta corja
Estamos cheios desta forma
Que a Política insiste em proceder.
Resta-nos esperar agora
Que os novos escolhidos, sem demora
Escutem esta canção
E venham nos socorrer.
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