O BILHETE

Aquele bilhete escrito
Num dia belo, bendito
Envelheceu com o tempo
As manchas, o tom, o lamento.

Simples gesto, profundo registro
Eterno parágrafo por nós vivido
Circula inerte a casa, os cômodos
Infeliz afronta! Sagrado arbítrio.

Quero dizer-te... te amo.
Vivi também dias iguais
Dias bons, ruins
Como pedes... dias mais leves
Banais!

O que me disse ainda ressoa
Por entre as palavras, a sala á toa
Aquele fragmento... registro belo!
Triste, forte, pueril e singelo
Como todos os poemas de amor.

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