Cabelos avermelhados, as vezes desgrenhados. Voz rouca e suave... mãos firmes. Um jeito original de ser... de estar.
Produz vida nos seus atos... Caminhando, revela a longa estrada que percorreu. Abraçando... acolhimento profundo e sutil, construído com paciência e conquista. O seu olhar...
É bonita por ser humana. Frágil... controversa... sábia. Humana sempre! Não se coloca à nossa frente. Pelo contrário, se lança do mesmo ponto incerto e inseguro em sua dança com a existência...
Aprendi a amá-la nas suas limitações, imperfeições e incongruências que ela não nos esconde. Por vezes, acho até que faz questão de expô-las. E, nos mostrando a complexidade do existir, aprende conosco mais sobre o caminhar...
Saí do lugar
Naquela noite, eu saí do lugar
Me senti como se puxado
Como se fosse tragado
Por mais uma descoberta...
Lágrimas rolaram-me no rosto
Em companhia das suas
E, ao me deslocar
Percebi que algo (você)
Se deslocara também.
Percebi sensorialmente
A beleza de caminhar
De sair do lugar...
De arriscar e abandonar
De deixar as coisas passarem...
Sou grato por isso...
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